quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Alívio Turquesa.

Ela estava dentro d'água. Revestida pelo azul do mar e, embaixo de seus pés, a areia branca refletia a luz do sol juntamente com a limpidez da água salgada da praia deserta. Os reflexos eram tão intensos que tudo parecia salpicado de diamantes.

Tudo era turquesa. O céu, o mar, seus olhos e sua paz de espírito. Ela estava feliz de estar viva e feliz de poder estar ali. Era o momento de alívio que tanto buscava após as batalhas diárias contra o mundo, interior e exterior. Para ela, estar naquela água, mergulhada em paz, era, de longe, o melhor momento de sua vida.

A liberdade só pode ser sentida quando o ambiente é assim, suave e envolvente. Nunca repressivo.

Cada tomada de ar significava um sentimento. Ela tinha um fôlego de sereia. Não precisava respirar tanto. Mas quando inspirava, sentia a alegria entrar pelas narinas e enriquecer seu corpo com oxigênio que ansiava: felicidade. Quando expirava, soltava todo tipo de mágoa que continha dentro do coração, o grande pulmão da alma.

Depois de tanta luta para chegar na praia, ela só quer curtir o balanço e o aconchego do mar.

E na hora de ir embora, quando o sol se pôr e dourar o oceano, ela terá certeza de que o ultimo fôlego de alegria vai perdurar. Porque, ainda que o dia tenha acabado, terá seu pequeno nebulizador de alegria portátil: os beijos da pessoa que ama.

Ela não sabe se será eterno. Mas sabe que, no momento, é.
Pensante.

Um comentário:

  1. to ficando cada vez mais envolvida pelo seu blog..fico ansiosa esperando os pots..adoroo o jeito como vc escreeve amigooo

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