sábado, 31 de julho de 2010

Cápsulas.

Sentimentos são como pequenas cápsulas, umas azuis, cor do céu, e outras vermelhas, cor do sangue. Somos viciados nestas malditas e benditas cápsulas sentimentais. Nascemos do prazer, sentimento multicolor que suga energia e dá mais vida, e morremos com o sentimento mais vermelho que existe, o adeus.

As cápsulas do céu são aqueles sentimentos que preenchem o corpo, que acrescentam, que nos dão energia de seguir vivendo. As cápsulas do sangue são aquelas que nos sugam a força vital, nos desgastam, nos fazem cambalear e fechar os olhos em lágrimas ou angústia.

Malditos sentimentos que nos viciam e que nos fazem sempre querer mais. Nem se comparam as drogas mais ilícitas que existem nos tempos contemporêneos. Eles são cracks eternos.

Quando os estudiosos acharem a cura para os tais sentimentos, seremos seres melhores. Seres que sabem viver sem depender de malditas cápsulas azuis (e não falo do viagra)!
Até esse dia, todos dependeremos das drogas para não parar a viagem, para prosseguirmos andando nos becos sujos desse mundo de  viciados. 

Aparentemente, foi descoberto que as cápsulas dos sentimentos que sugam a força estão cada vez mais baratas e grande parte do mundo as consome inconscientemente de sua cor de sangue. São as unicas que eles podem conseguir.

Quanto a mim, posso dizer que sou um maldito e inconsequente crackudo dos dois tipos. Ao mesmo tempo que a felicidade me preenche, as ligeiras tristezas me sugam por um canudo que fura diretamente minha alma.

Canto para mim mesmo: "♪ They tried to make me go to rehab; But I won't go-go-go ♪ ".
A Amy deve ter passado pelos mesmos maus-bocados que eu.
É tão bom não estar sozinho nesse mundo drogado.
Vou tomar mais uma capsula, de preferência azul. To precisando.


Pensante.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O olhar esconde a luta do cravo e da rosa.

Mais uma vez o quarto era alaranjado. Possuia, dessa vez, uma nuância rosada no oxigenio que respirávamos. Cada vez que se inspirava o ar doce artificial, intragávamos também a ansiedade de um amor bem feito. E assim, mais uma vez, com um pouco de hesitação, iniciamos a batalha.

Era dificil lutar somente com armas inseguras contra a parede ultra forte. O amor sempre pode mais. E nos esforçamos . A dor era intensa e suada, os efeitos psicologicos assolavam nossos corações. Eu quase desisti. Esperneei. Mas ela é muito insistente (e como me amava!).
Mais uma rodada nessa guerra.

Hoje, estabeleceu-se o meio termo, sem ganhadores e sem perdedores. Ambos os lados abalados, inclusive a parede. (Apesar de eu achar que na proxima venceremos de lavada!)

Há alegria e exaltação no meu olhar, mas seu reflexo traduzido, mostrará um pouco de insegurança e cansaço. É surpreendente o quanto um olhar pode mostrar e o quanto ele pode esconder.

O cravo e a rosa, cansados e com grandes sentimentos um pelo outro (amor), continuam lutando em seu objetivo. O amor pleno, sem barreiras.
(te amo)
Pensante.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A empatia entre amantes é o que vale quando não se tem o que ambos querem.

Estávamos no quarto sem o menor medo, cheios de coragem. O amor transbordava pelos poros e a brisa suburbana da manhã parecia que vinha do mar de Arraial. O quarto tinha uma aura laranja e todas as paredes pareciam não existir. Liberdade é o bem mais necessario.

Amor concreto não é tão facil. Então nos amamos metafisicamente. Nos olhamos - as almas se tocaram, dois algodões sem massa e, finalmente, transcenderam.

Quando voltamos ao quarto, sutilmente desconcertados pelo não-acontecido, mas extasiados pela transcendência do fato que é ultrapassar os obstáculos de maneira feliz, "sem culpas hoje", nos abraçamos.

Senti a empatia. Senti. 

O dia não parece completo, mas pelo menos acabou feliz.
Lembrei de um trecho de uma musica: " Hoje eu só quero que o dia termine bem..." (Simples desejo - Luciana Mello) 
É o que aconteceu.
(Te amo).

Pensante.