segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Narration.

Vous avez revelé que ce poème n'était pas pour moi. Pardonnez ma présomption d'interpréter son art. Tout ce que je veux c'est que quelqu'un me raconte. J'ai compris votre point de vue de la postmodernité. Éphémérité est ce que je n'ai senti pas pour vous. Ma narration n'est pas encore terminée. Vous aurez une anthologie comme tous les femmes que j'ai aimé.

(Você revelou que aquele poema não era para mim. Perdoe-me a presunção de interpretar sua arte. Tudo o que desejo é alguém para me narrar. Eu entendi sua perspectiva da pós-modernidade. Efemeridade é o que eu não senti por você. Tanto que minha narração ainda não terminou. Terás uma antologia só tua como todas aquelas que amei.)
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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Gabriela.

Gabriela. (Ilustração: Yhuri Cruz. Arte: lápis aquarela)
As batidas por si só. Tuntz tuntz tuntz. Os sons eletrônicos vibravam os vários corpos enérgicos. O álcool causava combustão na sola do pé, fazendo-o soltar-se do chão, do real, do sóbrio. A claridade só era encontrada nos raios verdes que cortavam todos os membros dos dançantes: laser nos braços, nas pernas, na cabeça. Uma carnificina. O resto era breu. O som e o laser eram a cenografia daquela peça de teatro do mundo contemporâneo. Eu, mais uma personagem, sentado no canto, tomando uma caipirinha. Gabriela se aproximou e sentou-se.

- Qual o seu nome?, me perguntou.
- Eu sou Miguel. E você?
- Você é uma pessoa interessante? Quero dizer, vale a pena te conhecer?
- Olhe ao redor. Está vendo as pessoas dançando? Eu sou o único aqui, sentado.
- Eu busco por alguém interessante.
- Pode se dizer que nesse lugar, eu sou o mais interessante que você vai achar. Eu estou em destaque. A ausência de movimento me torna lugar incomum dentro do formigueiro.
- Dentro de um formigueiro, isso significaria que você está morto.
- E você está prestes a me acompanhar na além vida. Não vejo você se mover.

Gabriela me deixou por uns instantes, mas seus olhos não desataram dos meus. Misturou-se aos vultos deslizantes e dançou por alguns minutos. Eu vi suas pernas e seus seios sendo iluminados pelos raios verdes de laser. Foi uma linda cena.

- Você não quer morrer comigo?, perguntei-a.
- A vida não é boa o bastante para você, Miguel?
- Pelo jeito, eu que não sou bom o bastante para a vida., e uns minutos passaram.
- Eu quero alguém interessante. Tem algum amigo?, insistiu.
- Imagina aquele jogo em que uma pessoa usa uma venda e tem de achar os escondidos. É a mesma probabilidade.
- Mas eu estou de olhos abertos.
- E isso só dificulta a busca, não acha?

Algum tipo de conflito acontecia no meio da pista de dança. Jorravam raios de luz branca, como flashes de um papparazi.

- Aquele que está ganhando a briga parece ser interessante., ela disse e ao mesmo tempo me encarava.
- Seus olhos não são azuis nem verdes. São negros como os meus.
- Eu adoraria olhos prateados.
- Olha, o seu interessante ganhou mesmo., remarquei o fim da briga. 
- Já tenho o meu perdedor., Gabriela disse olhando para a multidão que se dissipava e voltava a dançar.
- Você adora um oprimido, não?, eu disse fazendo-a gargalhar.
- Eu gosto de dominar.

Seus lábios eram tão molhados e sua respiração estava quente quando me beijou. Meus braços a enroscavam e sua mão se repousava em minhas coxas. Rasteira e ligeira, me agarrou pela cintura e me levou até a pista de dança.

- Eu não consigo nem te ver!, gritei em seus ouvidos.
- Mas eu estou aqui, Miguel! Como você se sente voltando a vida? A dinâmica do formigueiro não é tão ruim!, e me beijou com força.
- Só faltava a rainha aparecer., mandei o galanteio mais cliché possivel.
- Longe de ser Rainha! Somos todos operários, Miguel! Uma manada de operários buscando luxo e amor!

No fim da noite revelou-se Gabriela. Não reparei que não sabia seu nome. Seus beijos me pressionaram até meus lábios doerem. Estava acompanhada de amigas que se apresentaram uma à uma. Três horas da manhã partiu, sem achar o que procurava. Eu, de lábios inchados.    

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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Camacho.

O desocupado é vítima de seu estado de espírito permanente e tende a tomar seu tempo barato com atividades igualmente baratas e pífias.

Camacho estava em seu apartamento, num dia qualquer, comum, daqueles que você entra no elevador e se depara com um vizinho que adora te analisar os pés e os calçados, tentando adivinhar sua situação financeira, ou daqueles em que você faz sinal para um ônibus e o motorista não te enxerga, pois a admiração da loira que não consegue achar as moedas da passagem o exige muito mais atenção.

Neste dia, como na maioria, o desocupado acorda, sai da cama sem olhar o relógio, e almoça o café da manhã, sentado à mesa da cozinha por cerca de três quartos de hora. Daí tem certas ideias que surgem frequentemente na sua massa cinzenta devido a constante observação reflexiva do seu espaço de conforto, os 300 m² de sua propriedade. Na cozinha, por exemplo, nesse dia irrelevante de janeiro, ele estava croqueando uma torrada quando olhou para o paninho xadrez que protegia os farelos e respingos de café de ricochetarem na mesa em que comia, evitando a limpeza posterior. Ele segurava a torrada com a mão esquerda, erguida e perto da boca, e com o dedo indicador da mão direita seguia os riscos das linhas retas do tecido xadrez vermelho e verde. Pensou em jogar xadrez mas perdeu o racicínio com o som dos próprios dentes.

Quando já era fim de tarde, depois de admirar os narizes de suas atrizes favoritas, o desocupado lembrou-se do que comeu no café da manhã e, num flash (!), o paninho xadrez o veio à mente. Graças ao homónimo, foi se aventurar em jogatinas de xadrez online.


Camacho fez um login de nome "Camachinho" e escreveu como frase de definição: "Nunca joguei xadrez, mas não sou um peão qualquer". Iniciou partidas com três meninas (alguém pode afirmar?) até encontrar a "Lucy Vargas", que tinha como definição "Só descobrirá minha estratégia na última jogada, quando não houver mais alternativas". O site proporcionava a opção de conversar simultaneamente com o seu adversário durante as partidas.

Daí que "Lucy Vargas" vivia bem ao norte do Amazonas, na fronteira com a Colômbia. Sofria ataques de pânico por conviver frequentemente pela opressão de alguns paramilitares das Forças Revolucionárias, e tinha um cachorro chamado bambu, que era alvo de súbitos momentos de depressão. Foi paixão que arrebatou seus corações. Deu em conversas na madrugada, trocas de mensagens por celular, confusão com fusos horários, confissões emocionadas, cartas diversas que viajaram em todos os meios de transportes precários brasileiros, promessas verdadeiras, saudades fumegantes, mais promessas, brigas da madrugada, felizes aniversários sem abraço, choros descrentes, medo do não futuro, promessas, caixas do carteiro, descrença em ascensão, paixões não consumidas, mais promessas, um último telefonema, mais um telefonema, promessas, traição dele, uma última mensagem, um recorrente ‘impossível’, a última promessa e as contas de telefone no fim de um ano de sentimento.


A desocupação de Camacho era reconhecida cientificamente por alguns analistas como patológica e conveniente. Seu estado permanente, no entanto, sofreu reações adversas durante aproximadamente quatro semanas e meia, após sua separação de Lucy Vargas, nas quais as noites duravam menos, o relógio servia seu propósito de existir e  algumas atividades que exigiam certa dedicação foram incorporadas à sua agenda. Após esse período de recaída, o desocupado ia sempre tomar café da manhã na padaria. Às 15h da tarde. Voltara à rotina. 

E é possível que "Lucy Vargas" tenha se agarrado a bambu nos surtos de depressão, mas nisso Camacho prefere não pensar.
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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Naturalmente.

(...). E foi assim que aconteceu a alegria. Palavra alguma precisou ser escrita. Alguém desvenda por que os "santos batem"?

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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

São Paulo não é sólida.

O resultado do crepúsculo. O pôr do sol dourado que ilumina as curvas retangulares do horizonte. Nuvens que flutuam na órbita do sol viajante, que ia, para voltar um dia qualquer, provavelmente no amanhã, junto com a garoa. Consegue ouvir os passos ocos das pessoas, repletas de desejos: de ir e vir, de conhecer e de rever? Era a rodoviária de São Paulo que emitia sons dissonantes para o espaço. Os motores e  impulsos entravam em sinfonia. E essa disritmia preenchia o que eu era naquele lugar, ser vazio de mim, solidão ambulante em solo paulistano.

Naquele estica e puxa, sentei-me. Meditava, ensopado na inveja que arrebatava meus olhos, que admiravam a beleza das roupas e da pressa alheia, de ter aonde ir, com o que vestir, e para quem voltar. Meus pés tocavam o solo, subiam e desciam acompanhando as trilhas dos comerciais que davam lugar a outras trilhas nas várias tevês ao redor do saguão da rodoviária. As malas abarrotadas de sonhos inalcançáveis rodavam de lá para cá, puxadas por seus donos. Analogias pobres me vem à mente, como essa: malas como troncos, donos como negros, puxadas como trabalho, sonhos como chicotes.

Um dia Bernardi escreveu que tinha medo de ir para o Rio porque lá todos eram felizes, e, em sua solidão crônica ela não queria fingir um sorriso. Encantei-me com a sinceridade de São Paulo, onde a tristeza é real e a moda e os críticos preenchem o vácuo da felicidade. São Paulo não é tão sólida quanto parece.

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domingo, 4 de setembro de 2011

Sem (cor)respondência.

Clarice, às vezes te odeio. (Ilustração: Yhuri Cruz)
No momento subsequente à catástrofe, quando não há no horizonte possibilidades de que a situação se torne ainda mais insuportável, eu perco a compostura, não me importando com vergonhas ou arrependimentos. Eu enfio o pé na jaca sem o menor pesar, ainda que pese. Eu corro pelado, grito seu nome pela varanda para que todos escutem, entupo meu fígado de álcool, permito-me dançar até o cair do dia. Envio mensagens de súplica, de luto, de desespero. Ligo às quatro da manhã só para ouvir sua voz do quinto sono. Esbarro levemente nos seus seios para sentir o que talvez nunca possa admirar de fato. Deito minha cabeça sobre seus ombros, de súbito, para sentir o cheiro dos seus cabelos negros, fazendo com que você fique desorientada com minha importuna insistência. E, reflexo nos seus lindos olhos misteriosos, encaro seu rosto enigmático, sem vergonha, te fazendo corar pela surpresa e pela dúvida vergonhosa: você ainda gosta de mim?

Como amigos que sempre fomos, você não me (cor)respondeu.

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A Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, localizada no largo da Cinelândia, próxima ao Theatro Municipal,  foi concebida, no início do século XX, pelo General Sousa Aguiar, o qual seguiu o estilo eclético, composto por diversos elementos do neoclassicismo, para o conceito de sua arquitetura. Nós adentramos seu interior. Fui apto a identificar as janelas em estilo romano, retangulares com arcos na parte superior, e você alcançou o sucesso de encontrar raridades de Clarice nas estantes catifundas de fichas do acervo. O dom rege nossas vidas. Eu bem lembro o que você sussurrou para si própria naquele instante de reflexão. Nenhum outro poderia distinguir seus sussurros como eu o faço, o costume de olhar seus lábios me transformou no cientista de sua boca. 

- Quero viver de amor e de palavras... - sua boca formou o concreto inaudível.

Esse seu desejo não me saiu do pensamento, como estilhaços não podem ser retirados sem muita perícia de certos orgãos vitais do corpo humano. Estilhaços de guerra. Um dia ouvi alguém dizer que a guerra nunca é originalmente do soldado que a combate, mas o soldado, no meio dos tiros e do caos, luta a guerra como se ele a tivesse originado.  O medo é o maior legitimador da guerra? É estranho, pois estou em guerra mas já não sinto receio de morrer. Eu vou morrer, eu vou morrer. Eu vou tentar. Eu vou morrer. Podem me chamar de guerreiro sem esperança. Eu vou morrer, mas eu vou tentar.

Então, você quer viver de amor e palavras. Pensei em minha capacidade de te entregar amor, mas não qualquer amor, não amor de supermercado, amor fabricado pelo fordismo, se pudesse te daria amor orgânico, direto da terra para sua mesa de casa, servido de manhã, a luz do sol nos seus olhos e meu amor na sua boca.Você seria agraciada por amor manufaturado. Meu amor.

Quanto às palavras, já não sei. Você as domina com perícia. Sua escrita é sincera, repleta de significados e muito bem amarrada. Você maneja as frases como poucos grandes escritores que já tive oportunidade de ler. Devo ser uma simples palavra para você, daquelas que são fáceis de identificar e que usamos frequentemente, todos os dias, em qualquer oração. Porque você me domina tão facilmente!

Mas sei qual palavra sou, para você. Não é uma palavra feia, pelo contrário, é linda, e até fico feliz de receber tal alcunha como definição. Minha palavra: amigo. Sua palavra: frustração.

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Era tarde nublada e conversávamos em uma praça cheia de mesas de concreto, às vezes pichadas, às vezes puras de cinza. Os senhores jogavam dama, alguns bebiam cerveja e outros só ficavam admirando as jovens que passavam de vez em quando. Eu te confessei que você era uma mulher complexa demais para qualquer homem entender. Provavelmente, você seria o tipo de esposa que entende completamente o marido, mas não recebe metade da compreensão que dá. E você disse mais uma verdade.

- A raiva te deixa cego e você não pensa no que diz. Você me machuca como ninguém porque, ainda que não me entenda, sabe como me machucar.

Eu só tive a opção de calar-me e fitá-la diretamente em seus olhos. Os minutos foram enchendo a ampuleta, assim como um certo desconcerto originado pelas mágoas que cada um desferiu contra o outro. Mágoas não intencionadas machucam de qualquer forma.

- Não espere sorrisos de mim. Só a ironia dos derrotados.
- Eu só espero você de você mesmo.

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Nietzsche abatido. (Ilustração: Yhuri Cruz)
O soldado, ainda que ferido por estilhaços que perfuraram sua derme e se fixaram em seu músculo pulsante, sobreviveu. Nietzsche, uma vez, já dissera: "Da Escola de Guerra da Vida - o que não me mata torna-me mais forte". E Deus não morreu.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

"Talvez", da escritora Marla de Queiroz.

Talvez a razão... (Ilustração: Yhuri Cruz)
Talvez a verdadeira intimidade eu só tenha buscado com as palavras, e tenha me entupido delas no momento em que poderia estar aprendendo alguma coisa com alguém. (Faço um muro de palavras entre mim e as pessoas. Sou autoexplicativa só pra confundir.)

Talvez eu tenha nascido para uma vida desapaixonada e culta. Talvez eu nunca tenha olhado verdadeiramente o outro, e só tenha visto o texto pronto que criei pra ele. Talvez eu não conheça o que julgava conhecer. E isso me entupiu de certezas que eu não soube abandonar ao longo do caminho.

Uso palavras para não sofrer, para plagiar uma dor, pra fingir que sou leve e que está tudo bem. Uso palavras pra falar de uma chuva que talvez eu não conheça porque não me permiti ficar encharcada dela. E ela virou a metáfora de um relacionamento_ o que pode ser tristemente poético.

Talvez eu só tenha sentido saudade pra falar de outras coisas. Pra usar a palavra "saudade" mesmo, que eu adoro. Acho que estou muito cansada. Falei demais das coisas e , no entanto, não toquei verdadeiramente em nada. Observei e descrevi, cheia de filtros semânticos. Dentro da minha limitação eu interpretei o Universo para que eu coubesse nele, em mim. E alienei as pessoas dentro de conceitos. E arranjei um sentimento pra cada coisa. E pensei que assim, tudo estaria em ordem, sob controle.Eu que me julgava não julgadora, me considerava livre, agora tendo que empurrar as grades dessa prisão de certezas que criei pra mim. Sem poder culpar ninguém. Usando um discurso de alguém que não quer magoar o outro pra descobrir que no fundo só me importei comigo mesma e com os meus medos. Não deixei que o outro experimentasse o que havia de melhor ou de pior em mim. Não deixei que ele escolhesse.Mantive o muro de palavras e o meu discurso pronto pra continuar a salvo do outro lado. Eu que sempre falei de pontes...

Talvez eu seja uma farsa. Talvez eu seja virtualmente inacessível. Alguém que se entope de adjetivos pra entender as coisas e dizer que não se preocupa em entender nada. Eu que sempre falei de amor, não amei o outro em toda a dimensão da pessoa que ele é. Talvez eu tenha me preocupado mais com as vírgulas que não usei nas cartas de amor que escrevi, que com as pessoas que as receberam e que se julgaram amadas.

Talvez eu só tenha dançado pra fingir que gostava de música. Talvez eu só tenha bebido pra fazer parte de um círculo social. Talvez eu só tenha aceitado certas coisas pra poder ser chamada de amiga_ e usei levianamente a palavra amizade.Talvez eu tenha me apaixonado diversas vezes pra fazer parte do círculo de pessoas que sorriem diferente porque estão amando_ e sofri as carências que intercalam as paixões como se fossem reais. Talvez eu tenha rompido relações pra escrever cartas de despedida e mostrar como eu dominava a dor ao escrevê-las. Talvez eu só tenha experimentado as relações dentro da literatura.

Acho que estou realmente cansada. Falei demais sobre tudo e continuo no escuro. E a minha recusa em tocar nas coisas me impede de sair tateando em direção à luz. E mais uma vez eu uso palavras pra tentar me defender de algo, de mim.(Talvez eu precise parar de ler Clarice Lispector... )

Talvez eu devesse escrever uma carta em branco pra dizer que quero silenciar: que se o silêncio ainda estiver esperando por mim, eu aceito. Preciso esquecer as palavras, preciso me despedir delas para começar a experimentar a vida com honestidade. Talvez silenciando eu consiga ser mais honesta com você. Eu que precisei escrever tanto pra dizer isto: que preciso silenciar.

(Talvez eu só tenha escrito isso tudo pra conseguir chorar... E usar a palavra "talvez" pode ser o início do abandono de tantas certezas; o início do uso mais corriqueiro da frase “eu não sei".)
Talvez isso seja um começo de alguma coisa.
Talvez isso seja um fim.
Talvez sejam apenas hormônios...
Mas isso tudo se parece muito com tristeza...

EU NÃO SEI.
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EU SOU ESTAS RETICÊNCIAS ENTRE PARÊNTESES: (...)

Marla de Queiroz

São tantas silhuetas a cada parágrafo. Minhas, deles e delas, que não consegui deixar de expor o texto por completo. Com todo o meu respeito de leitor, esse texto é da talentosa escritora Marla de Queiroz .  A ilustração é minha.