quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Ganhando.

Persistência não é para qualquer um. Essa virtude é para aqueles que querem crescer. Para aqueles que não se importam tanto com o caminho, e sim com a chegada.

É preciso ser persistente para viver melhor. É preciso, às vezes, olhar sempre em frente, esquecendo as bonitas paisagens ao redor do caminho para se chegar onde se deseja.

Ande sempre em frente mas olhe bem para o chão onde pisa. Porque buracos e poças d'agua sempre estarão no caminho, não tenha duvidas.

Outra coisa, não precisa correr. Mantenha o ritmo e nunca pise ou empurre ninguem. Chegue lá com seus proprios pés, bebendo da sua propria agua, suando o seu próprio suor.

Aquele que perseverar até o final nem sempre é quem recebe troféus mas é quem ganhará consigo mesmo. E essa é a melhor vitória que podemos conseguir. A vitória do eu.

 Pensante .

sábado, 14 de agosto de 2010

Sutil brilho traduzido.


Explosão. Implosão. Tempestade. Sentimento que perfura a racionalidade.
Fraqueza. Incontinencia. Lagrimas. Engulindo cada rio que desagua nos olhos.
Eu continuo seguindo com sorrisos reais. Dentes refletem o que eu realmente sou.
Foi decidido que minha felicidade é uma escolha. Agora vou que vou.


Para um universo igual ao que era antes. Mas com um habitante diferente.
Todos sabem que o mundo muda quando muda, a gente.
O eu-lírico escreve sobre a melancolia, mas sente satisfação com a vida.
Por tras de toda verdade, sempre se esconde uma contradição.

Explosão. Implosão.

A verdade é que não há verdade. A realidade é relativa a cada sorriso, a cada rio desaguado.

Tudo isso pra dizer que não importa os obstaculos, eu sou feliz.
Esse sorriso no meu rosto, neste momento, se transforma em raiz.
Base do meu ser. Primeiro rabisco de alma.
Brilho eterno de uma mente sem lembranças.

Pensante.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O Turista e a Onda.

O cantor francês cantava de maneira extremamente rápida e convincente e o pobre turista tentava entender o que ele cuspia de maneira afinada e ritmada. Pobre turista, não saberá identificar o porquê de todos ao seu redor estarem rindo. Provavelmente deve ser uma musica engraçada. Mas do que adianta agora? Você será levado pela onda contagiosa de risos, e devido a sua fraqueza à primeiras impressões, mesmo de pessoas que você não conhece, você rirá junto, tentando se reconhecer na multidão. Você será cumplice do que acontece na maior parte do tempo na maior parte do mundo. Você foi levado pela onda do popular, do comum.

A música engraçada, ou não, terminava e, de repente, todos pareciam chocados. Os olhos não estavam esbugalhados, mas sim, no mínimo, surpresos.  O turista se perguntava o que acontecia já que há um segundo atrás toda a platéia ria com a piada musical, ou alguma situação no palco que por acaso ele não viu?, e agora estavam dessa maneira. A onda e a vulnerabilidade. Ele abriu sistematicamente os olhos e utilizou-se do seu dom de atuação, o qual aprendeu com sua fraqueza,  para imitar um rosto de espanto, deixou a maré levar. Ele se molhou mais uma vez. Um dia você pode se afogar.

Aquilo não podia estar acontecendo. A situação se diferenciava, como se tivessem trocado um ambiente por outro. A onda tem várias marés. Os espectadores davam tres voltinhas em volta do corpo e depois davam um pulinho sutil. Um, dois, três e pulinho! E a musica parecia  voltar a ativa. Uma musica que não condizia com a estranha coreografia. A onda e a ultima respiração. O turista errou no começo, sempre confundia a terceira voltinha com o pulo sutil. Depois de alguns erros perceptíveis pelas pessoas a sua volta, e por pequenos mas memoráveis olhares repressores, ele alcançou a perfeição do ridiculo passo de dança frances.

O turista não percebeu que depois de um tempo a onda começou a jogá-lo de um lado para o outro, e até a dar pulinhos!, ela o manipulava, e ele, pobre coitado de mente fraca, nem tentou lutar contra o senso comum. O turista foi afogado na onda. Perdia o que tinha dele proprio para dar aquilo que os outros exigiam. Ele cedeu. O que é fraco a maré leva. Ele vai se arrepender o resto da vida por não ter aprendido frances.
O que fazer agora? C'est la vie.

Pensante.