Foto/Ilustração: Yhuri Cruz. |
Olho para frente e vejo: uma mesa redonda de madeira sobre o chão negro.
Olho no espelho e enxergo: uma mente em branco sobre o mundo caótico.
Olho para fora e percebo: paradoxos estão em todos os cantos desse planeta.
Olho para o umbigo e observo: um bem aqui, do outro lado do imaginário.
O transbordar: os dedos teclam o que não conseguem reter.
A conveniência: a música fala exatamente do jeito que nós queremos escutar.
O ambiente: o vento parou de soprar, deixando o mormaço.
A consequência: deixando a inquietude se espalhar de dentro e para fora.
Reflexão estalar : a parcialidade move o planeta.
Tese recém-elaborada: a paixão é muito mais vital do que a razão.
Pausa para o piscar: o negro infinita.
Reflexão censurada: no escuro, a paixão se concretiza.
Encuquei com uma expressão: 'saravá'.
Dei um basta, momentâneo : disse não para a tristeza.
Eu falei de coração: "a vida é assim mesmo".
Escrevi em simultâneo: esse poema aleatório.
Sem sentido e involuntário: psicografando a vida.
Repito meu novo vocabulário: saravá.
Saravá. sf.: pode significar "salve" ou "viva", por influência africana no idioma português do Brasil.
dum Pensante.