quarta-feira, 2 de março de 2011

Lembranças de um Casulo Amplificante.

Nas estrelas. (Foto: Yhuri Cruz da Silva)
Me lembro muito bem de uns dias de inverno onde passávamos as tardes abraçados embaixo de cobertores brancos, cemporcento de algodão. Era a sensação mais amplificante que eu jamais sentira antes. Dentro do nosso casulo, todo o Mundo era rua, ou melhor, Boulevard. Com simples passadas, percorríamos Roma, Veneza, Bali e todos os estados estadounidenses. Tudo isso dentro de um pequeno espaço quente e cheios de relevos arredondados.

Corríamos as curvas dos desertos do Atacama, nadávamos nas praias paradisíacas do nordeste brasileiro, abraçávamos-nos no frio perfeito de Vancouver, deliciávamos os sorvetes da Itália.

Cada sensação tão particular, afinal o mundo tem suas particularidades. E suas similaridades. Em todos os lugares pelos quais passeamos dentro do nosso casulo, encontrávamos o sincronismo, o mesmo sentimento de reciprocidade que tanto esperamos conseguir quando viajamos. Nós éramos, nós mesmos, o povo mais acolhedor que o nosso mundo casular já conheceu.

Depois de percorrermos todo o planeta a pé, ficávamos tão cansados que dormíamos em nossa terra natal, nos braços tranqüilos dos nossos respectivos corpos, o meu e o seu.

E eu te pergunto, leitor: quem disse que o amor irá limitar nossas vidas?

Do Pensante_

Um comentário:

  1. Muito bom, adorei.
    Viajei durante a leitura do teu texto.
    A parte que mais gostei foi..."Depois de percorrermos todo o planeta a pé, ficávamos tão cansados que dormíamos em nossa terra natal, nos braços tranqüilos dos nossos respectivos corpos, o meu e o seu." Lindo!
    O amor nos faz voar.
    Um abraço

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