quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Abstrato e concreto.

Em todo esse tempo transcorrido ainda existe o fantasma da dúvida assolando a cabeça da menina. Ela não consegue compreender que a vida pode ser muito mais do que tragédias ou explosões de felicidades, sonhos ou pesadelos. Para ela a vida se resume ao 8 ou 80. Tudo ou nada.

Ele a ama. Porém depois de tudo que eles viveram e lutaram, ela não reconhece a imensidão do seu amor, ou mesmo a imensidão complexa do que Ele é. Ele pode, sim, ser complexo, mas dentro dele existem sentimentos e noções que se tornaram verdades universais. Isso, ela e todos aquelas pessoas que o amam de diversas formas deveriam conhecer.

Provavelmente ele não deve mudar, por enquanto. A vida segue com a força da mudança, mas se não existisse uma certa rigidez vital, não haveria nada. Tudo seria tão passageiro quanto o sol e a lua. Tudo seria tão ilusão quanto desilusão. Não haveria diferença entre concreto e abstrato. O sonho seria real e a realidade, sonhada. Ele deve permanecer o que é.

Ela deve acordar e perceber que tudo ainda está do jeito que sempre esteve.
Ele, Ela, Eles.
Chega de sonhar a realidade, menina. Você simplesmente deve VIVÊ-LA.
Nem tudo é como se espera ser.

Pensante.