Hão de chiar, os outros. Afinal, esse é o papel deles. A platéia sempre aplaude no fim da peça, mesmo quando não entende uma palavra do roteiro. É a beleza do teatro: a intimidade fictícia. Ficamos expostos ao texto de forma tão íntima, mas ao mesmo tempo, o que sabemos perto dos próprios dramaturgos? O que sabemos sobre o processo de ensaios da companhia? Achamos que temos controle sobre o que vimos, quando nem ao menos notamos o gesto despercebido que é repleto de significado. Mas os outros hão de chiar. Assim, pensem o que quiserem, os outros. Como já dizia o grande Pirandello: assim é se lhe parece.
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